Na nutrição, as enzimas são usadas para tratar problemas de digestão e intolerância a certos alimentos, como a lactose. Ambos os inconvenientes são causados por uma deficiência na produção dessas proteínas, que precisam ser repostas com suplementos. Além de desconforto gástrico, essas deficiências pioram a absorção de antioxidantes, vitaminas e minerais. Isso é péssimo, pois, sem os nutrientes que combatem os radicais livres, o processo de envelhecimento se acelera. “Há um mito de que as enzimas orais também queimam gorduras, mas elas apenas ajudam na digestão”, afirma o endocrinologista Filippo Pedrinola. As cápsulas não têm contraindicação, mas só vale a pena tomar quem de fato necessita. “Caso contrário, é como se você comesse algumas frutas a mais.”
Aqui no Brasil, não existem marcas que comercializem um mix de enzimas; elas precisam ser manipuladas ou importadas. Lá fora, há diversas versões: em pó, cápsulas, líquida, para mascar. Algumas delas vendem o benefício de um detox no organismo. De acordo com Pedrinola, elas são capazes, sim, de proporcionar essa ação. “Mas o termo detox é um pouco infeliz, porque ninguém se desintoxica rapidamente e apenas tomando comprimidos”, diz ele. A desintoxicação já é feita naturalmente e diariamente por órgãos como rins e fígado. “As enzimas ajudam a acelerar esse processo, mas de nada adianta tomar as cápsulas e não seguir uma dieta equilibrada e rica em alimentos desintoxicantes, como vegetais crus (as enzimas perdem seu efeito quando são aquecidas) e fibras. O poder dos alimentos ruins é bem maior do que as cápsulas de enzimas”, diz Pedrinola.
Fonte: http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI286033-17595,00-ENZIMAS+DA+BELEZA+ELAS+REDUZEM+MEDIDAS+E+MELHORAM+A+TEXTURA+DA+PELE+APOSTE+.html
GEÓRGIA SILVA GÓIS
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