sexta-feira, 4 de abril de 2014

Enzimas envolvidas em processos cardíacos

                  As chamadas enzimas cardíacas são também conhecidas por serem marcadores de uma possível necrose miocárdica, são sinalizadores da morte das células do músculo cardáco. Consideradas elementos indispensáveis para o diagnóstico definitivo do infarto do miocárdio, o ataque cardíaco. Costumam ser solicitadas em pacientes cujos sintomas, o ECG ou outro elemento clínico, levantem a suspeita de um infarto do miocárdio. As enzimas devem sempre ser pedidas em ambiente hospitalar, com o paciente internado ou em observação. As dosagens não necessitam de jejum. O infarto pode cursar com um eletrocardiograma normal ou inespecífico( sem alterações sugestivas da doença). Porém, a elevação das enzimas cardíacas é obrigatória para esse diagnóstico. No entanto, como essas enzimas costumam se elevar após algumas horas do início do quadro,os pacientes com dor torácica e eletrocardiograma típicos de infarto do miocárdio devem ser levados imediatamente para alguma terapia objetivando-se abrir a artéria obstruída. As enzimas costumam ser dosadas de forma seriada, ou seja, no momento da internação e dentro de intervalos, estabelecidos de acordo com o quadro clínico do paciente. As enzimas: 

- Creatinofosfoquinase (CPK) fração MB: é a chamada CPK-MB massa.Eleva-se no sangue entre 3 e 6 horas após o começo dos sintomas do infarto, com pico de elevação entre 16 e 24 horas, vindo a normalizar entre 48 e 72 horas. A normalização costuma ser critério para a alta do paciente da UTI. Apresenta sensibilidade diagnóstica( capacidade de identificar o infarto) de 50% em 3 horas após o início dos sintomas e de 80% cerca de 6 horas após. 
- Mioglobina: Enzima cujos valores cujos valores variam com a idade, sexo e 'raça'. É liberada rapidamente pelo miocárdio lesado, começando a se elevar entre 1 e 2 horas após o início dos sintomas, com pico de elevação entre 6 e 9 horas e normalização entre 12 e 24 horas. É excelente para afastar o diagnóstico de infarto do miocárdio. Sua elevação não confirma o diagnóstico de infarto, mas sua normalidade afasta o diagnóstico da doença.
- Troponinas : Estão presentes no sangue sob três formas de apresentação ( a tropinina C, a I e a T) . Se elevam entre 4 e 8 horas após o início dos sintomas, com pico entre 36 e 72 horas e noralização entre 5 e 14 dias. Apresentam a mesma sensibilidade diagnóstica da CK-MB entre 12 e 48 horas após o início dos sintomas do infarto do miocárdio, mas na presença de portadores de doenças que diminuem a especificidade da enzima CPK-MB. 

                           
                Embora consideradas específicas para o miocárdio, resultados falsos positivos das troponinas, ou seja, que não sao causados pelo infarto do miocárdio ou outras doenças que afetem o músculo do coração, foram observadas por causa da presença de fibrina no soro ou por reação cruzada com anticorpos humanos. 


                                                       Cássia Regina. 

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