terça-feira, 22 de abril de 2014

Ribozimas, Enzimas de RNA.

Ribozimas, Ezimas de RNA.  
               O que fazem as ribozimas? Elas participam do corte de moléculas de RNA mensageiro (splicing) fazendo a remoção de "introns", ou seja, as regiões que não são traduzidas. Outras participações incluiriam: a formação da ligação peptídica na síntese de proteínas (acredita-se que a "peptidil-transferase" seja uma ribozima, e no caso da Ribonuclease P, 80% da enzima é RNA que, sob condições apropriadas, pode catalisar sozinho a reação.
                      As ribozimas abriram uma interessante perspectiva na evolução pré-biótica, pois temos moléculas capazes de conter informação genética, fazer auto-replicação, exercer ações catalíticas e até catalisar a síntese de proteínas. As proteínas, com sua riqueza de propriedades físico - químicas, posteriormente teriam assumido o papel predominante como agentes de catálise.
                      Existem várias possíveis aplicações para as ribozimas, que incluem: 1) análise da função gênica e terapia gênica. As ribozimas podem ser "desenhadas" para alvos específicos de transcrição gênica (hnRNA, mRNA) de forma a fazer sua clivagem seja in vitro, ou in vivo. O efeito esperado consiste na inibição da expressão do "gene- alvo" de forma flexível, a diferença do chamado "bloqueio" (knockout) do gene.  Essa abordagem seria útil, por exemplo, no caso de doenças dominantes, causadas pela expressão de um único alelo (retinite pigmentosa, diença de Huntington, cardiomiopatia hipertrófica familiar, etc.)

Molécula de Ribozima.  A. Lewin.
                         
                         2) As ribozimas também abrem possibilidades no que se refere ao desenvolvimento de novas drogas e formas de terapia gênica. Por exemplo, as ribozimas poderiam tratar agentes infecciosos (bactérias, vírus, etc.), através do uso de fagos ou outros vetores. 

Fonte: The Ribozyme Web Page by Dr. A. Lewin.

Cássia Regina



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