As novas enzimas Cellic® CTec2, da Novozymes, permitem à indústria de biocombustíveis produzir etanol celulósico a preço abaixo de US$ 2 por galão nas primeiras usinas com escala comercial, que devem começar a operar em 2011. Este custo equivale ao preço da gasolina e do etanol convencional no mercado norte-americano.
"Trabalhamos nesse projeto nos últimos dez anos e prometemos aos nossos clientes e ao mercado que estaria pronto até 2010", disse Steen Riisgaard, diretor executivo da Novozymes. "Estou muito satisfeito por anunciar que o projeto está pronto. As enzimas estão prontas. Os produtores de biocombustíveis agora têm um componente essencial para transformar rejeitos agrícolas em uma alternativa capaz de competir com a gasolina."
Avanços extraordinários no desenvolvimento de enzimas reduziram o custo da enzima para o etanol celulósico em 80% nos últimos dois anos, e esses custos agora caíram para quase US$ 0,50 por galão de etanol celulósico. A Novozymes alocou recursos sem precedentes para o projeto e recebeu US$ 29,3 milhões em subsídios de desenvolvimento do Departamento de energia dos EUA.
A Novozymes trabalhou em parceira com empresas líderes da indústria de biocombustíveis, como POET, Greenfield Ethanol, Inbicon, Lignol, ICM, M&G, CTC, COFCO, Sinopec e PRAJ, para acelerar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia de processo. A Novozymes acredita que, paralelamente a novos ganhos de eficiência nas enzimas, o custo da produção do biocombustível celulósico cairá ainda mais.
"O etanol celulósico será mais barato", diz Steen Riisgaard. "Nossos parceiros acreditam que os custos de produção serão reduzidos para menos de US$ 2 por galão assim que as primeiras usinas com escala comercial se tornarem completamente operacionais, e o custo continuará caindo no futuro."
O etanol celulósico usa enzimas para separar a celulose encontrada na biomassa em açúcares que podem ser fermentados e transformados em etanol. A enzima Cellic CTec2 já provou ser eficaz em diferentes tipos de matérias-primas, como espigas e talos de milho, palha de trigo, bagaço de cana-de-açúcar e cavacos de madeira.
Diversas instalações piloto e de demonstração já estão em operação no mundo inteiro, e instalações com escala comercial estão sendo construídas, devendo entrar em operação em 2011.
Só nos Estados Unidos, a comercialização de biocombustível celulósico deve criar 1,2 milhão novos empregos ecológicos até 2022. O recente apoio do governo Obama reativará os investimentos em novas biorrefinarias em todas as regiões dos EUA. Contudo, ainda será necessário adotar misturas com maior teor de etanol, como o E15, e promover a E85 para atingir as metas definidas pela Norma de Combustíveis Renováveis para o etanol celulósico.
Fonte: http://mundodacana.blogspot.com.br/2010/02/novas-enzimas-transformam-rejeitos.htm
Lívia de Melo.
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